28 de maio de 2008

Alma Surf


Para os que curtem a beleza do surf, este maravilhoso esporte de puro contato com a natureza, saiu nesta semana a publicação de uma matéria minha sobre as ondas gigantes que aconteceram em Noronha no final de março. A revista se chama Alma surf e aborda também temas como meio ambiente, arte, cultura, viagens...

A capa vocês podem ver aqui na foto.

Abraço.

João Vianna.

27 de maio de 2008

Família!

Pra começar a falar da família decidi, não por acaso, colocar a foto do Gabriel, o mais novo da família. até porque ele representa todos nós em um. Tem a alegria do Vôvo Ale, faz as caretas da Vovó Ana, o chororô da Carolê e a disposição do Papai Nando. Tudo isso no colo amoroso da Mamãe Joana!!!
Foram dias maravilhosos estes aqui em Floripa, e sem dúvida dias mais que especiais nesta viagem, que segue cheia de emoções. Rever o meu irmão foi muito importante e ver que linda família eles estão construindo. Estamos torcendo muito pra que a Carolê (minha irmã), na corajosa decisão de mudanças, tenha uma boa vida aqui na linda Ilha de Santa Catarina.

Gostaria de dedicar essa alegria a meus pais, que sempre fizeram de tudo para criar, ajudar, e por derramarem tanto amor, até mimar esses três filhos que os amam muito. Nando, Carola e João.

Estou mais feliz ainda pois Amélia chega amanhã de sua viagem ao Rio depois de ser reconhecida como madrinha, pelo nascimento de seu afilhado Théo. Assim seguimos nossa expedição juntos, para as geladas serras de Santa Catarina. Segundo a previsão, pode nevar por lá nos próximos dias. Seria muito interessante e quase inusitado ver e viver a água caindo congelada em terra tão tropical que é deste nosso País.

22 de maio de 2008

Ondas


Filhas do vento. Quando chegam à praia nos servem de sua rara e impermanente beleza.

20 de maio de 2008

Lua Cheia

Esperando o seu regresso.

19 de maio de 2008

A carta da terra

Nestes últimos dias aqui em Florianópolis, como estou sem a companhia da Amelia que está aguardando o nascimento do Theo, seu afilhado, no Rio de Janeiro, tenho aproveitado pra fazer alguns programas junto à natureza.

Estou acampado e acordo bem cedo pra ver o Sol nascer diariamente. Que coisa maravilhosa é acordar banhado pelos primeiros raios do Astro Rei, que nos guarnece de luz e calor e que possibilita o crescimento de nosso alimento. Tenho acompanhado a pesca da tainha, que acontece só nesta época do ano, durante 45 dias, no litoral de Santa Catarina. Dezenas de homens puxando na praia as redes de onde tiram seu sustento de forma artesanal. Fiz também algumas trilhas na mata para fotografar do alto, dos mirantes, o mar azul e imenso em seu encontro com as montanhas do mar.

A impressão que tenho nesses momentos de contemplação é que posso sentir a presença divina dentro e através do meu ser. Me sinto muito agraciado e por isso sinto a necessidade de compartilhar tais sensações. Gostaria de aproveitar a ocasião e ajudar a divulgar um documento que foi escrito por um comitê internacional e aprovado por uma comissão da UNESCO, em Paris, 2000.



A Carta da Terra é o resultado de uma série de debates interculturais sobre objetivos comuns e valores compartilhados, realizados em todo o mundo por mais de uma década. Nos desafia a examinar nossos valores e a escolher um caminho melhor.

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.

Terra, Nosso Lar
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A Situação Global
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

Desafios Para o Futuro
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais, não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano.Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes.

Responsabilidade Universal
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida, e com humildade considerando em relação ao lugar que ocupa o ser humano na natureza. Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos, e instituições transnacionais será guiada e avaliada."


Para ler a carta integralmente, acesse

15 de maio de 2008

Emoções em Florianópolis!!!



Pois é, muitas emoções em Florianópolis, a começar por encontrar meu irmão e Joana com seus filhos tão queridos, João Pedro e Gabriel. E quem está por aqui também é a Carol, minha irmã, que acabou de se mudar pra cá e está entusiasmada, ainda que em fase de adaptação. E assim tem sido esta viagem. Intensamente boa, repleta de emoções e cheia de aprendizados.

Além da visita aos entes queridos eu e Amelia tivemos um novo desafio, desta vez não foi uma trilha cheia de obstáculos. Fizemos uma palestra sobre a viagem na EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), local onde meu irmão trabalha. Depois do nervosismo inicial, correu tudo ótimo. Eu e Amelia nos saímos bem e pude mostrar minhas fotos num telão. Depois tivemos um bate-papo com o pessoal que assistiu.

Fizemos também uma trilha até a Lagoa do Leste, onde tem uma linda praia cercada por mata atlântica preservada, boa para prática do surf e para observação de espécies de pássaros.

Ontem Amelia foi pro Rio depois da correria para comprarmos outra passagem, já que ela perdeu o vôo. Ela foi para lá para fazer uma surpresa pra mãe do seu afilhado, Theo, que esta para nascer.

Para Amelia.

Meu amor, já estou com saudades, e quero te dizer o quanto sou grato a você. Você tem sido uma enorme amiga! Obrigado por seu amor, pela compreensão e por todo o apoio em minha vida. É um grande privilégio ter você como companheira. E também tenho muito orgulho de ti, de sua raça e vontade. Te amo. As flores do vídeo são pra você que é a minha flor!


11 de maio de 2008

Mãe

10 de maio de 2008

Praia Triste


Depois de alguns dias fotografando na praia de bombinhas a pesca da tainha, com todo o seu ritual num cenário maravilhoso ao nascer do sol, resolvi fazer um programa diferente e conhecer a pé as praias mais isoladas da região, pois queria fotografar um cenário de praias sem a intervenção de construções humanas. A intenção era também caminhar em meio à natureza e, contemplando-a, receber sua energia divina, numa espécie de meditação. Amélia optou por ficar em Bombinhas e curtir alguns momentos só.


A caminhada começou no canto da praia de Zimbros onde um casal de moradores locais me indicou o início da trilha. Poucos metros adiante do seu início eu já estava envolto pelo som das ondas suavemente se chocando contra as pedras, com o canto dos pássaros, com o cheiro úmido e verde da mata. Os mosquitos estavam em toda parte por isso eu não podia ficar muito tempo parado senão eu seria devorado rapidamente, eu havia me esquecido de passar repelente. Mas isso não tinha muita importância, o bom era simplesmente estar ali! E ainda por cima agraciado com a presença de alguns exóticos pássaros cantando, mas agitados com a minha presença, inclusive um Carcará e um outro gavião branco que eu nunca havia visto.
Depois de alguns minutos cheguei na praia do Cardoso, a primeira de uma das cinco praias que fariam parte da caminhada, e apesar da sua beleza e tranqüilidade, me decepcionei. A praia linda e deserta estava repleta de materiais plásticos, principalmente garrafas pets. Me lembrei de alguns meses atrás ter lido uma matéria na revista Veja sobre este assunto e hoje me senti ainda mais na obrigação de escrever algo sobre isso. Continuando a caminhada cheguei na segunda praia, a do Bazílio, nesta havia um pequeno lago de rara beleza, lá tive a mesma decepção, havia muitas garrafas boiando em suas margens! Mais uma vez me vieram sentimentos de responsabilidade por isso. Na terceira praia imaginei que não seria diferente, mas desta vez a surpresa maior veio por conta da placa que logo na chegada indicava o nome da praia, Praia Triste, daí veio a inspiração para esta reflexão. Provavelmente muito do lixo que encontrei nessas praias não foram jogados ali por turistas, vieram de outros lugares trazidos pelas marés, provavelmente até de lixões que quando “estouram” devido às fortes chuvas, espalham-se pelos oceanos e ficam a mercê das correntezas. Me lembro que quando eu morei em Noronha e fazíamos caminhadas para as praias do mar de fora encontrávamos restos plásticos com rótulos de outros países, até do Japão!


Hoje não temos que nos preocupar só com o que fazemos com o lixo que produzimos, mas com o quanto de lixo produzimos, se realmente precisamos produzir tanto e que alternativas podemos utilizar. Já faz alguns anos que parei de beber refrigerantes por razões de manutenção da minha saúde, já que tomei consciência do mal que essas bebidas fazem, não só pelo açúcar mas por todos os “antes” que estão em sua composição: corantes, acidulantes, aromatizantes, espessantes... Além disso sinceramente considero um grande pecado trocar as frutas e os sucos deliciosos que podemos fazer por todos esses “antes”, lembrando que esses sucos industrializados também os têm, além de suas embalagens metálicas por dentro, que não poderem ser recicladas e demoram centenas de anos para se degradarem. Para aqueles que usam a desculpa da preguiça de espremer uma fruta, que tal morder uma melancia?! Meu Deus, já é um suco pronto!
Quando li “Praia Triste”, entendi aquela praia.

Nós usufruímos da fartura que a natureza nos oferta e só retribuímos com lixo. É hora de repensarmos a maioria dos nossos hábitos relacionando-os ao impacto ambiental que causam. E sugiro aqui começarmos pelo mais elementar e necessário: os hábitos alimentares.

Citei o exemplo dos refrigerantes pois me deparei com todas as “pets” na praia, e isso realmente me sensibilizou, mas podemos e devemos estender esta atenção e reflexão para muito além, basta vontade!
Somos todos capazes de realizar grandes mudanças!

Avó

8 de maio de 2008

Uma Homenagem

Hoje está sendo um dia importante para nós dois.
O trecho abaixo do livro “Ghandi: O Herói da Paz
” está sendo a nossa inspiração para colocar na pratica do dia-a-dia o respeito que temos um pelo o outro.

A criança Ghandi começou a observar o mundo e analisá-lo, percebendo as injustiças e procurando compreendê-las. Tentava também se analisar e compreender por que ele mesmo, as vezes, não falava a verdade, e passou a se sentir muito mal quando mentia.
Um dia, escreveu uma carta a seu pai, na qual contou todas as suas mentiras. Ghandi entregou a carta a seu pai, sentando-se próximo a ele. O pai leu a carta, dobrou-a em silêncio, fechando os olhos. Lágrimas grandes como pérolas escorreram de seus olhos, e ele nada disse.
Na, carta, Ghandi pedia a seu pai para ser castigado por seus erros. Ele, no entanto, não o castigou. Mas, para Ghandi, assistir ao sofrimento de seu pai foi um castigo muito maior. Naquele momento, ele compreendeu que mesmo sem uma única palavra, sem uma ação, sem um único gesto, você pode transformar o outro.

Ghandi foi transformado pelas lágrimas de seu pai, e a partir desse dia, decidiu mudar e nunca mais mentiu.”

Este livro nos foi presenteado por duas pessoas especiais que conhecemos no Encontro do Bem.
É um livro infantil extremamente belo, da série Heróis de Verdade, da Livraria Omnisciência. O objetivo da série é o de usar histórias de mestres da humanidade para reforçar nas crianças os valores essenciais da vida.
A gente achou a idéia magnífica. A recomendação é para crianças pequenas e crianças grandes como nós.
www.omnisciencia.com.br

7 de maio de 2008

Passeando em Bombinhas (SC)


Em Bombinhas (SC) Ana e Tammy, nossas amigas que nos acolheram com tanto carinho, nos guiaram à algumas praias mais escondidas na região como a praia da Tainha, o Morro dos Macacos e o Retiro dos Padres onde Ana com cinco quatro pequenos costumava acampar.
Nós adoramos!

5 de maio de 2008

O Encontro do Bem

Ficamos sem escrever alguns dias pois tínhamos ido ao encontro do bem. Ao encontro de energias boas e pessoas boas, que estão na busca do auto-conhecimento.
O “1o Encontro do Bem” se desenvolveu a cerca do tema “desenvolvimento humano integral”, que quer dizer desenvolvimento de todo o nosso potencial interno (espiritual) simultaneamente ao desenvolvimento físico, mental, social e ambiental. Aconteceu durante 4 dias na Praia de Mariscal em Bombinhas com palestras, oficinas, vivencias com danças, músicas, tai chi, além de aulas de yoga e meditação. Foi organizado pela ONG dobem, criada pela família do Marco Schultz, professor de yoga e meditação, com a participação de excelentes profissionais convidados (nacionais e internacionais).
http://www.dobem.org.com/

Foram dias maravilhosos onde recebemos informações que vamos levar pra eternidade. Mais do que isso, foi muito bom conviver com pessoas que também anseiam por este desenvolvimento integral. Pessoas generosas, amorosas, sensíveis, que prestam atenção aos valores “do hoje”, que envolvem um real respeito à vida, ao meio e ao porquê de estarmos aqui.

Acordávamos bem cedo para meditar, cada dia orientados por um professor diferente. Claro que não foi fácil acordar as 5:45, mas era a atividade que eu (Amélia) mais ansiava fazer no encontro. Acho que há muitas respostas que encontramos na meditação. Se estamos em uma busca espiritual, acredito que podemos encontrar o que procuramos dentro da gente. E a meditação é um grande veículo pra isso.
Existem muitas formas de meditar que fogem do estereótipo de sentar em lótus e ficar em silêncio. Desde que saímos do Rio eu tenho tentado praticar, mas foram poucas as oportunidades... então eu estava ansiosa pra aprender mais técnicas, outras maneiras de conseguir me concentrar. Foi muito legal!

Choveu durante quase todos os dias. As previsões da internet acertaram e testemunhamos as tempestades com ventos fortíssimos e frio. Mas no penúltimo dia de evento, quando acordei pra meditar, vi um céu muito estrelado com uma lua linda sobre um mar com ondas perfeitas para o surf. (Pra sair do quarto, praticamente passávamos pela praia). No horizonte o céu tinha uma cor púrpura com uma fina linha rosa... Nossa foi uma imagem inesquecível.
Fui pra sala de meditação, sentamos (eu sempre encostadinha na parede porque confesso não agüentar ficar naquela posição de lótus por mais do que 5 minutos). O professor falou da importância da concentração, da posição do corpo, do deixar fluir dos pensamentos, da mente no aqui e agora. Ficamos ali por uns 20 minutos quando ele calmamente pediu que todos se levantassem e se direcionassem em silêncio para fora da sala em direção à praia.
O sol ainda não tinha nascido. O céu agora estava tava todo rosa e amarelado. As pessoas foram se espalhando pela areia, em pé, olhando pro mar. A Tammy (nossa amiga que estava conosco) lembrou bem - foi uma cena igual a do filme Cidade dos Anjos, quando os anjos ficam em pé na praia. O sol foi saindo aos poucos. Aparecendo na linha do mar. Uma bola de fogo perfeita! Foi lindo! Chorei de emoção com um sentimento muito forte de gratidão à tudo e todos! Essa é para o João uma grande forma de meditar, a contemplação da natureza.

Depois das sessões de meditação, vinham as aulas de yoga. Sempre uma para iniciantes e outra para experientes. Eu fazia uma e sentava pra assistir a outra. Foi muito didático. João curtiu as informações detalhadas das posturas.
Para aqueles que moram no Rio, recomendamos essa professora que nos deu uma aula de Iyengar, Deborah Weinberg. Gostamos também muito do Marcos Rojo, de São Paulo, Adoramos sua aula, suas histórias e sua presença. Indicamos os cursos de formação do Marco Schultz que ministra cursos em todo o Brasil. (http://www.simplesmenteyoga.com.br/).

À tarde participamos das oficinas, que eram as vezes palestras, vivencias em grupo, assistir a documentários ou coisas parecidas.

A primeira oficina que eu fiz foi participar de uma palestra com a Lama Yeshe (lama residente no Chagdud Dordje Ling em Curitiba - http://www.dordjeling.org/) Foi muito bom e vou tentar compartilhar com vocês em outra postagem um pouquinho do que eu ouvi lá.

A segunda oficina foi de Danças Circulares Sagradas (com Renata Ramos e o pessoal da Universidade da Luz). Nossa, foi tão emocionante! Todos ficávamos em pé, num círculo, fazendo diversas danças típicas. A professora estimulava a gente a olhar nos olhos do parceiro, a respeitá-lo e reverenciá-lo. Tão delicado! Singelo! Muito bonito mesmo! Víamos a beleza dentro de cada um que dançava a coreografia com a gente. Meus olhos encheram de água em vários momentos. Aliás meus olhos não fazem outra coisa ultimamente J!
No começo dessa aula a gente tirava um papelzinho com uma palavra que seria nossa “palavra anjo” durante o evento. A palavra que a gente tinha que carregar conosco. A minha foi “Gratidão”. Nenhum desafio aí pois o motivo dos meus olhos se encherem constantemente de lágrimas é por causa da gratidão... é só o que tenho sentido nos últimos tempos da minha vida!
A terceira oficina teve coisas extremamente interessantes. Foi com um canadense chamado Bert Parlee (especialista em Spiral Dynamics – um personal-life e executive coach). Uma das partes mais estimulantes foi quando tínhamos que sentar no chão com um parceiro e repetir um para o outro, durante vários minutos, a frase “eu sou você”. Depois a frase passou para “nós somos um”. Ficar ali sentada na frente de um desconhecido, no meu caso com um senhor de mais idade, repetindo uma frase tão incomum mas com um significado tão importante foi hipnotizante. Ficou carimbado na alma a sensação de que todos somos moléculas do mesmo universo. Como pingos formando um oceano. Foi intenso! Mas mais intenso ainda foi a frase seguinte. “Eu te amo”. Ele falava pra mim e eu devolvia pra ele. “Eu te amo”. “Eu te amo”. Com um homem que eu nunca tinha visto na minha vida! Eu digo sem risco que senti um verdadeiro amor por ele e sei que ele sentiu por mim!
A última oficina foi sobre “gratidão”. Daí a palavra de novo, minha palavra anjo. Foi ministrada por Sukie Miller, uma americana especializada no atendimento à pessoas com doenças crônicas e terminais. Ali aprendi mais uma coisa preciosa que vou levar comigo pra sempre. Um dos exercícios era a gente mentalizar o sentimento de “obrigada”. Ela usou alguns métodos até que cada um chegasse a uma “imagem de gratidão”. Cada um com a sua. A imagem que veio pra mim foi um sol, daqueles dourados que tem olho, nariz, e um sorriso bem grande, como um desenho mesmo. O interessante é a facilidade que vou ter agora de exercitar, na prática, o sentimento com a visualização do meu sol. A sensação que me dá é que o sentimento passa a ser ainda mais valorizado com essa visualização.

João foi o fotografo oficial do evento e não pôde participar diretamente das oficinas pois tinha que documentar tudo.
Eu fiquei com peninha dele não poder participar. Eu estava aprendendo tanto e queria que ele tivesse a mesma oportunidade. Mas ele ontem me disse uma coisa linda. Disse que pra ele a experiência do Encontro foi exatamente como ele queria. Que foi uma sensação boa poder fotografar aquelas pessoas que estavam tendo experiências intensas e felizes e que o mais importante pra ele é poder divulgar todas essas imagens repletas do sentimento mais puro, o Amor. Entendi o que ele quis dizer. Ele sentiu no coração as emoções!

Alem das oficinas, todos os dias havia também uma palestra e uma apresentação musical a noite.
Das palestras, falarei um pouquinho na postagem que vem. Mas já vale mencionar o Kaká Werá, um Índio de origem tapuia, escritor, ambientalista, conferencista e terapeuta social. Ele se dedica a difundir os valores sagrados e éticos da cultura indígena, levando mensagens da sabedoria dos povos ancestrais do nosso pais. Chamou a nossa atenção da importância da relação da criança com a natureza. As crianças criadas em apartamentos, em condomínios fechados, serão crianças que não saberão dar o devido valor ao meio onde vivemos. Aos poucos, esse meio poderá nem mais ser um meio. Poderá ser um fim.
(http://www.arapoty.org/).Expressar em palavras o que vivenciamos neste encontro não é uma tarefa fácil. Foram muitas informações e muitas delas tão sutis que carecem de maneiras descritivas para mostrá-las e tempo para digeri-las. Tentamos então expressar nossos sentimentos atuais em relação a tudo que aconteceu. Espero que o coração de cada um esteja como o nosso, repleto de amor.