SOBRE ABROLHOS:
“Quando te aproximares da Terra, abre os olhos” - Américo Vespúcio - na sua segunda expedição portuguesa ao Brasil - 1503 - para alertar os navegantes sobre o perigo dos recifes de coral, daí o nome Abrolhos.

Abrolhos foi o primeiro Parque Nacional Marinho do Brasil, seguido por Fernando de Noronha, os dois únicos no pais. Ele reúne as maiores e mais importantes formações de coral no sul do nosso oceano, alem de mais de 140 espécies de peixes, 3 tipos de tartarugas e mais de 2000 baleias Jubarte, que visitam a região entre julho e novembro.

O arquipélago é formado por 5 ilhas – a Redonda, Guarita, Sueste, Siriba e Santa Bárbara, esta última não sendo pertencente ao Parque por ser da marinha e abrigar o farol de sinalização marítima.
A única ilha que é permitido o desembarque é a Ilha Siriba. Lá, com monitoramento do Guarda Parques, pode-se observar várias espécies de aves marinhas que procuram as ilhas em diferentes épocas do ano pra nidificar. Entre elas estão os Atobás, as Fragatas e aves migratórias como os Beneditos e os Maçaricos do Ártico.
Com autorização da marinha pode-se desembarcar também na ilha Santa Barbara que tem uma mini vila de 8 casas onde moram o pessoal do IBAMA, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade) e da Marinha. A água doce pros moradores é feita através de captação de chuva e os suprimentos vem do continente a cada 15 dias. Na ilha há cabras que fornecem leite e, em caso de problemas no abastecimento, também são uma fonte de proteína. É possível a visitação ao farol que foi construído em 1861 e possui lâminas de cristais imensas que fazem a luz chegar até o continente – bem impressionante!
O Parque compreende uma área de 91.300 hectares e fica à 70 km da costa. Dependendo do barco, a viagem pode chegar a 5 horas de duração. O passeio é mais procurado por mergulhadores credenciados. Além da riquíssima vida marinha, há em Abrolhos 3 navios naufragados que são pontos de mergulho muito apreciados (o mais famoso é o Rosalinda que afundou em 1955 e ainda tem restos de sua carga como sacos de cimento e pedaços de vidro de cascos de cerveja).

Em Caravelas, ponto de partida, existem algumas operadoras que organizam o programa e coordenam os mergulhos. A embarcação Titan, da Apecatu Expedições, possui características que fazem toda a diferença num passeio como esse. O barco é um Trawler de 74 pés, seguro, muito bem cuidado e confortável e é o único que oferece água quente, banheiros feminino e masculino, cabines confortáveis e tem uma autonomia de 5000 mil litros de água doce. Mais importante do que isso, pudemos testemunhar que o Titan tem uma tripulação especial que preza por ótimo atendimento aos passageiros. As refeições são fartas e deliciosas.
Outro diferencial é a presença de uma bióloga à bordo, que ministra uma palestra sobre o ambiente que estaremos visitando e dá dicas de cuidados que devemos ter para não impactarmos o ambiente marinho. Ela também está sempre à disposição dos mais curiosos. E o bom relacionamento da equipe do Titan com a Marinha torna possível a visitação a ilha Santa Bárbara pra acompanhar o acender do incrível farol.
Para visitar Abrolhos, recomendamos a Apecatu Expedições
Fone: (73) 3297-1751
NOSSA EXPERIÊNCIA:
Bom, essa foi toda a descrição que achei necessária pra mostrar o cenário dos maravilhosos três dias que passamos a bordo do Titan em Abrolhos. Ah Abrolhos! (Será que o Américo Vespúcio brincava de nadar com os peixinhos???)
Nossa! Foi uma diversão!

O passeio é mais para mergulhadores. João tem credencial, mas eu não.
Mas eu já tava empolgada com a idéia de navegar pelo mar aberto, conhecer esse tal de Abrolhos e, se eu ia ainda mergulhar com os peixinhos, não tinha erro!

Passei mal váaaarias vezes! É muito ruim mesmo essa história de passar mal com o balanço do mar, mas nas horas em que eu estava bem – que foram muitas também – nossa, que delícia!
Todo mundo saía pra mergulhar – ia lá pro fundo do mar – todos extremamente felizes que iam ver os recifes de coral, os naufrágios, as espécies – e eu, feliz da vida que ia ficar com aquele barcão todo só pra mim! Vista 360 graus de mar transparente, ilhas belas com lindas aves para avistar, milhões de filmes à disposição em DVD, excelente companhia de tripulação pra conversar e trocar, uma comida deliciosa e um céu riscado, lindo, refletido!
O João mergulhava algumas vezes mas nem todas. Ele queria mesmo era fotografar as ilhas. Os mergulhadores em excursão não entendiam: “Cara, mas você não vai mergulhar no naufragado Rosalinda?” - Todo mundo feliz, e cada um com sua paixão!
O João conhecia o Felipe, Guarda Parques, que morou muitos anos em Noronha e agora estava em Abrolhos há poucos meses. Felipe foi quem conduziu o João a lugares, na ilha Santa Bárbara, onde poucos turistas tem acesso. E o Thomas, proprietário do Titan, ajudou muito graças ao excelente relacionamento que tem com todos do IBAMA, ICMBio e Marinha. Graças à eles, João pôde se esbaldar e explorar as ilhas por todos os ângulos que queria. Contou também com a ajuda da Amanda, uma baiana arretada e de sorriso mágico, que é estagiaria do IBAMA e acompanhou ele em uma das visitas que fez na ilha Siriba pra fotografar os atobás.

A hora em que eu mais me esbaldei foi no mergulho de snorkel que fiz com a Lu - linda, doce e inteligente bióloga do barco. A gente nadou um pouco na costa da Siriba e depois foi até a Redonda. Que coisa linda e impressionante! Segundo ela, vimos mais de 100 espécies de peixes! Muuuitos!!! Nunca tinha visto tantos diferentes numa tacada só. Coloridos, pintados, achatados, bocudos, engraçados! A Lu ia me dizendo o nome de cada um. Queria eu ter conseguido decorar tudo pra poder escrever aqui. Vimos também tartarugas e me lembrei com saudades de Noronha!
(Eu e Lu fazendo mergulho livre entre as Ilhas Siriba e Redonda - vimos mais de 100 espécies de peixe)
Também fiz um batismo (mergulho autônomo acompanhado com instrutor). Foi excelente e melhor do que o que fiz em Noronha. Fiquei nadando numa parede de corais enorme, um mais colorido e belo que o outro. E muitos e muitos peixes, lagosta, moréia... João desceu conosco pra me fotografar e filmar. O mergulho foi ótimo mas concluí que continuo preferindo o mergulho livre (apnéia), principalmente acompanhada do João que faz tudo quanto é tipo de peripécia de baixo d’água.
Na segunda noite, o pessoal da Marinha e do IBAMA fez um Luau na praia da Ilha Santa Bárbara. Que fofos! Havia uma grande fogueira, que o João ajudou a montar, e um de nossos amigos do barco que toca a violão cantou serestas e outras músicas mais populares. Foi muito divertido!
Fizemos amizades no barco, havia pessoas especiais. Entre elas a Alani, esposa do “tocador” de violão, que me fez companhia em muitas ocasiões por preferir não fazer tantos mergulhos por dia. Me encheu de carinho e também de bons conselhos. Ficamos também amigos de um casal paulista, Natalia e Diogo, que nos acompanharam no trecho da viagem que viria à seguir. Finalmente tivemos companhia na nossa aventura, contarei mais disso na próxima postagem.

Obrigada à Laila e Thomas da Apecatu Expedições pelo passeio tão bem organizado e especial. Obrigada ao Felipe, Amanda e todos do IBAMA e ICMBio. Obrigada ao Coronel e ao Faroleiro que nos receberam tão bem. Obrigada à Cris pela comida caseira deliciosa do barco e à todos da tripulação pelo carinho. Obrigadíssimo à Lu por seus ensinamentos da Biologia e da vida. Obrigada aos amigos que conhecemos no barco. Foram dias realmente especiais.
Visitem Abrolhos!
“Quando te aproximares da Terra, abre os olhos” - Américo Vespúcio - na sua segunda expedição portuguesa ao Brasil - 1503 - para alertar os navegantes sobre o perigo dos recifes de coral, daí o nome Abrolhos.

Abrolhos foi o primeiro Parque Nacional Marinho do Brasil, seguido por Fernando de Noronha, os dois únicos no pais. Ele reúne as maiores e mais importantes formações de coral no sul do nosso oceano, alem de mais de 140 espécies de peixes, 3 tipos de tartarugas e mais de 2000 baleias Jubarte, que visitam a região entre julho e novembro.

O arquipélago é formado por 5 ilhas – a Redonda, Guarita, Sueste, Siriba e Santa Bárbara, esta última não sendo pertencente ao Parque por ser da marinha e abrigar o farol de sinalização marítima.

Com autorização da marinha pode-se desembarcar também na ilha Santa Barbara que tem uma mini vila de 8 casas onde moram o pessoal do IBAMA, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade) e da Marinha. A água doce pros moradores é feita através de captação de chuva e os suprimentos vem do continente a cada 15 dias. Na ilha há cabras que fornecem leite e, em caso de problemas no abastecimento, também são uma fonte de proteína. É possível a visitação ao farol que foi construído em 1861 e possui lâminas de cristais imensas que fazem a luz chegar até o continente – bem impressionante!
O Parque compreende uma área de 91.300 hectares e fica à 70 km da costa. Dependendo do barco, a viagem pode chegar a 5 horas de duração. O passeio é mais procurado por mergulhadores credenciados. Além da riquíssima vida marinha, há em Abrolhos 3 navios naufragados que são pontos de mergulho muito apreciados (o mais famoso é o Rosalinda que afundou em 1955 e ainda tem restos de sua carga como sacos de cimento e pedaços de vidro de cascos de cerveja).

Em Caravelas, ponto de partida, existem algumas operadoras que organizam o programa e coordenam os mergulhos. A embarcação Titan, da Apecatu Expedições, possui características que fazem toda a diferença num passeio como esse. O barco é um Trawler de 74 pés, seguro, muito bem cuidado e confortável e é o único que oferece água quente, banheiros feminino e masculino, cabines confortáveis e tem uma autonomia de 5000 mil litros de água doce. Mais importante do que isso, pudemos testemunhar que o Titan tem uma tripulação especial que preza por ótimo atendimento aos passageiros. As refeições são fartas e deliciosas.
Outro diferencial é a presença de uma bióloga à bordo, que ministra uma palestra sobre o ambiente que estaremos visitando e dá dicas de cuidados que devemos ter para não impactarmos o ambiente marinho. Ela também está sempre à disposição dos mais curiosos. E o bom relacionamento da equipe do Titan com a Marinha torna possível a visitação a ilha Santa Bárbara pra acompanhar o acender do incrível farol.
Para visitar Abrolhos, recomendamos a Apecatu Expedições
Fone: (73) 3297-1751
NOSSA EXPERIÊNCIA:
Bom, essa foi toda a descrição que achei necessária pra mostrar o cenário dos maravilhosos três dias que passamos a bordo do Titan em Abrolhos. Ah Abrolhos! (Será que o Américo Vespúcio brincava de nadar com os peixinhos???)
Nossa! Foi uma diversão!

O passeio é mais para mergulhadores. João tem credencial, mas eu não.
Mas eu já tava empolgada com a idéia de navegar pelo mar aberto, conhecer esse tal de Abrolhos e, se eu ia ainda mergulhar com os peixinhos, não tinha erro!

Passei mal váaaarias vezes! É muito ruim mesmo essa história de passar mal com o balanço do mar, mas nas horas em que eu estava bem – que foram muitas também – nossa, que delícia!
Todo mundo saía pra mergulhar – ia lá pro fundo do mar – todos extremamente felizes que iam ver os recifes de coral, os naufrágios, as espécies – e eu, feliz da vida que ia ficar com aquele barcão todo só pra mim! Vista 360 graus de mar transparente, ilhas belas com lindas aves para avistar, milhões de filmes à disposição em DVD, excelente companhia de tripulação pra conversar e trocar, uma comida deliciosa e um céu riscado, lindo, refletido!
O João mergulhava algumas vezes mas nem todas. Ele queria mesmo era fotografar as ilhas. Os mergulhadores em excursão não entendiam: “Cara, mas você não vai mergulhar no naufragado Rosalinda?” - Todo mundo feliz, e cada um com sua paixão!
O João conhecia o Felipe, Guarda Parques, que morou muitos anos em Noronha e agora estava em Abrolhos há poucos meses. Felipe foi quem conduziu o João a lugares, na ilha Santa Bárbara, onde poucos turistas tem acesso. E o Thomas, proprietário do Titan, ajudou muito graças ao excelente relacionamento que tem com todos do IBAMA, ICMBio e Marinha. Graças à eles, João pôde se esbaldar e explorar as ilhas por todos os ângulos que queria. Contou também com a ajuda da Amanda, uma baiana arretada e de sorriso mágico, que é estagiaria do IBAMA e acompanhou ele em uma das visitas que fez na ilha Siriba pra fotografar os atobás.

A hora em que eu mais me esbaldei foi no mergulho de snorkel que fiz com a Lu - linda, doce e inteligente bióloga do barco. A gente nadou um pouco na costa da Siriba e depois foi até a Redonda. Que coisa linda e impressionante! Segundo ela, vimos mais de 100 espécies de peixes! Muuuitos!!! Nunca tinha visto tantos diferentes numa tacada só. Coloridos, pintados, achatados, bocudos, engraçados! A Lu ia me dizendo o nome de cada um. Queria eu ter conseguido decorar tudo pra poder escrever aqui. Vimos também tartarugas e me lembrei com saudades de Noronha!


Na segunda noite, o pessoal da Marinha e do IBAMA fez um Luau na praia da Ilha Santa Bárbara. Que fofos! Havia uma grande fogueira, que o João ajudou a montar, e um de nossos amigos do barco que toca a violão cantou serestas e outras músicas mais populares. Foi muito divertido!
Fizemos amizades no barco, havia pessoas especiais. Entre elas a Alani, esposa do “tocador” de violão, que me fez companhia em muitas ocasiões por preferir não fazer tantos mergulhos por dia. Me encheu de carinho e também de bons conselhos. Ficamos também amigos de um casal paulista, Natalia e Diogo, que nos acompanharam no trecho da viagem que viria à seguir. Finalmente tivemos companhia na nossa aventura, contarei mais disso na próxima postagem.

Obrigada à Laila e Thomas da Apecatu Expedições pelo passeio tão bem organizado e especial. Obrigada ao Felipe, Amanda e todos do IBAMA e ICMBio. Obrigada ao Coronel e ao Faroleiro que nos receberam tão bem. Obrigada à Cris pela comida caseira deliciosa do barco e à todos da tripulação pelo carinho. Obrigadíssimo à Lu por seus ensinamentos da Biologia e da vida. Obrigada aos amigos que conhecemos no barco. Foram dias realmente especiais.
Visitem Abrolhos!