30 de abril de 2008

Barraca alagada

Depois do cansaço do dia anterior na escalada ao “Olimpo”, resolvemos ter um dia mais “light”. Acordamos sem pressa, passamos a manhã no camping e resolvemos conhecer Antonina, uma cidadezinha litorânea próxima à Morretes. Chegamos lá no meio da tarde e estava uma luz linda pra fotografar, um cenário tranqüilo à beira-mar, com barcos encalhados e pássaros (gaivotas, garças de diversas espécies, fragatas, martins, etc) se alimentando num banquete de pequenos crustáceos e peixes deixados vulneráveis, na beira do mangue, pela maré baixa. Enfim, um belo cenário para ser fotografado. Ficamos ali brincando de fotógrafos por algumas poucas horas, até que no fim da tarde uma grande nuvem nos impediu de ver as cores do pôr-do-sol. De lá, jantamos e fomos para o camping descansar pra deixarmos Morretes no dia seguinte pela manhã.
Fomos dormir ouvindo uns trovões cuja tempestade parecia estar bem longe. No início da madraguda (por volta das 3 da manhã) acordei com o barulho da forte chuva e poucos minutos depois comecei a sentir os pés molhados. “Putz, tá entrando água na barraca!” Acordei a Amelia e tentei com a lanterna investigar o que estava acontecendo. Descobri que a lona de plástico que tínhamos colocado em baixo da barraca estava empoçando a água que entrava pela “varanda” e, com a pressão, estava “minando” por baixo. Recolhi então a lona da varanda e incansavelmente tentei com um pano tirar toda a água que já tinha entrado - mas a chuva não parava e a água que já estava sob a barraca continuava a “minar”. Estimamos que 70% da roupa de cama que estávamos usando pra dormir ficaram bem molhadas. Sem contar os objetos como livros, nécessaire e algumas roupas. Tivemos então que partir para o plano “B”. Assim que a chuva deu uma trégua tiramos tudo da barraca e a transportamos para uma área coberta, o pequeno estacionamento da Kombi do Sr. Chiro, o nissei dono do camping. Conseguimos improvisar novos colchões com os mats usados para a Yoga e voltamos a dormir um sono que foi até bem tranquilo.
O engraçado foi no dia seguinte de manhã. O estacionamento do Sr. Chiro, todo forrado de lençóis e cobertores molhados, e ocupado pela nossa barraca, ia ser usado por um grupo de senhoras da terceira idade para um churrasco com Bingo. Tivemos que mais que rapidamente desmontar tudo e colocar as coisas molhadas dentro do carro! Assim foi a nossa despedida de Morretes!

5 comentários:

Anônimo disse...

Oi meu amor...
Que aventura hein...
A barraca alagada me lembrou a minha cama, no quartinho gostoso em casa, tendo num dia de chuva uma pingadeira bem na minha testa...Não dava pra dormir...Tivemos que dessarumar o quarto prá dormir sem chuva na testa...Mas tudo vira história...
Beijo carinhoso titia

Anônimo disse...

Amelinda, estou aqui no Pokerstars juntinho da mummy que esta me ensinando a mandar mensagem para você.
Tenho lido sempre e a amanhã vou fazer meu comentário sobre a trilha.
bjks,
Monica

Anônimo disse...

Queridos, que aventura, hein!!!! So mesmo jovens corajosos e com muito objetivo conseguem superar esses transtornos, que na hora nos desanimam, mas que depois viram uma baita experiencia e boas historias para dividir com os amigos.
beijos mil tia memey

Anônimo disse...

Eu sei bem como é issa história de barraca alagada... na hora é sinistro, a maior correria. Quando passa, vira história " das boas"!!
Beijo grande
Taga

Luiz Vianna disse...

Quem diria...Parece até que nunca acampou...Não se coloca lona embaixo de barraca....Ainda mais em dia de chuva....

Nando